Por Larry Romanoff em exclusivo para PRAVDA e dividido em três capítulos.
26 de Janeiro de 2021
Nota aos Leitores:
Este artigo foi publicado no Pravda em três partes com material e referências adicionais. No entanto, o original é apresentado aquí, porque já havia sido traduzido para vários idiomas e exigiria muito tempo para novas traduções. Eis os links para este artigo em três partes:
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No passado fui acusado de ser “anti-americano” e, embora talvez fosse verdade, esses sentimentos eram dirigidos principalmente para o governo dos EUA e para as suas agências e não para o povo da nação, com o fundamento de que, apesar da democracia, o povo não era responsável pelas atrocidades do empreendimento criminoso psicopata que actuava como sendo o seu governo. Assim, durante algumas décadas, defendi os americanos contra as acusações de culpa pelos procedimentos do seu governo.
A minha posição mudou. Concluí que, tal como as folhas não podem mudar de cor e as raízes não podem murchar, sem o conhecimento silencioso de toda a árvore, nenhum governo pode levar a cabo mais de dois séculos de guerras e atrocidades incessantes contra outros povos e nações, sem o conhecimento e sem a aprovação da grande maioria do povo.
Duvido que haja hoje muita discórdia no mundo sobre a maldade intrínseca que parece permear o governo dos EUA e o Estado Profundo que o controla, nem sobre a criminalidade irresponsável inerente à maioria das suas políticas externas. Mas estas acusações são assustadoras, por conseguinte, vamos examinar o seu fundamento.
Em primeiro lugar, as guerras de agressão são uma das características que definem os Estados Unidos da América e parte dos alicerces da democracia americana, tendo o país estado em guerra durante cerca de 235 dos seus 245 anos de existência como nação.
O antigo Presidente dos EUA, Jimmy Carter, disse:
“Enviámos fuzileiros para o Líbano e é só preciso ir ao Líbano, à Síria ou à Jordânia para testemunhar em primeira mão, o intenso ódio de muitas pessoas pelos Estados Unidos, porque bombardeámos, instalámos minas e matámos sem piedade, aldeões totalmente inocentes – mulheres e crianças e agricultores e donas de casa – nessas aldeias que se encontram à volta de Beirute. E o resultado é que nos tornámos uma espécie de Satanás, na mente daqueles que estão profundamente ressentidos”. Também declarou que os EUA eram a nação mais agressiva da História do Mundo. (1)
Em segundo lugar existe uma interferência diplomática e económica violenta. Durante os últimos 200 anos, resta somente um pequeno punhado de nações completamente insignificantes, que os EUA não invadiram, destruíram, sancionaram, faliram, interferiram de forma grotesca nas eleições, lançaram ataques terroristas ou biológicos maciços, ou brutalizaram, de qualquer maneira. Incluo aqui um link a um artigo que descreve os ataques mais flagrantes que os EUA têm feito ao Canadá, vizinho e melhor amigo da América. (2) E aqui estão dois artigos relacionados com a China (3) (4) e um com o Iraque (5)
Os americanos (e talvez outros) podem ficar surpreendidos ao saber que os EUA nunca instalaram um governo democrático livre em nenhum país. Jamais! Contrariamente, em mais de 50 casos, os EUA derrubaram à força um governo pacífico e legítimo (muitas vezes uma democracia) e instalaram um ditador assassino, brutal e psicopata. (6) A mais recente vaga de “revoluções coloridas” americanas foi talvez menos brutal por ter sido instigada internamente pela CIA, mas não foi uma onda menos mortífera ou destrutiva.
Os assassínios são também uma das características que definem os EUA. Em mais de 150 casos, os EUA mataram o Chefe de Estado ou os dirigentes dos principais poderes executivos de outras nações, incluindo o Secretário Geral da ONU (Dag Hammarskjold), em retaliação pela sua resistência à intimidação e pilhagem americana. (7) Isto não inclui os fracassos, nomeadamente três tentativas contra o Primeiro Ministro chinês Zhou En-lai ou as 638 tentativas contra Fidel Castro. No primeiro caso, os americanos colocaram uma bomba num avião que saía de Hong Kong. A bomba explodiu, matando todos a bordo, mas Zhou tinha mudado os seus planos e escapou. É interessante ler hoje os relatos sobre estes assassinatos, como ocorreu recentemente com Soleimani no Irão. No passado, estas “black-ops = operações negras” eram feitas sob máximo sigilo e negadas com firmeza, mas hoje são efectuadas e admitidas aberta e orgulhosamente, sendo agora o assassinato incluído, ao que tudo indica, na definição americana de “democracia”. Talvez queira ler sobre as tentativas de assassinato do Primeiro Ministro chinês, mas Google e Bing parecem não ter conhecimento do mesmo.
O terrorismo é também uma característica fixa dos EUA como elemento integrante da política externa da nação. Não há muita controvérsia em lado nenhum de que a violenta revolta terrorista no Tibete, em 2008, tenha sido o presente dos EUA à China referente aos Jogos Olímpicos, tal como o ataque terrorista em Sochi, em 2014, foi o presente equivalente relativo aos Jogos Olímpicos da Rússia. Nem está em discussão o facto de que as principais organizações terroristas no mundo de hoje tenham sido formadas, financiadas e treinadas pelos EUA.
A tortura enquadra-se na mesma categoria. O governo dos Estados Unidos empregou sempre a tortura os contra cidadãos de outras nações, numa base generalizada. Tenho fotografias de soldados norte-americanos a praticar o ‘waterboarding’de civis nas Filipinas, no início do século XIX. (Waterboarding = a prática de causar a uma pessoa uma sensação física e psicológica semelhante à de se afogar, amarrando-a de cabeça para baixo numa tábua inclinada com a boca e o nariz cobertos enquanto se deita água sobre o rosto, tipicamente para a coagir a cooperar num interrogatório. A prática é classificada como tortura por alguns grupos.) A Operação Phoenix dos EUA, no Vietname, centrou-se em civis e torturou até à morte mais de 45.000 vietnamitas, na sua maioria agricultores pobres. Os soldados americanos foram unânimes em afirmar que ninguém que tenha entrado no Projecto Fénix sobreviveu. Como exemplo, os soldados americanos colocavam a cabeça de um homem sobre uma pedra, introduziam uma cavilha de madeira na sua orelha, e batiam-na com um martelo até que penetrasse através do seu cérebro e ele morresse. Só por diversão. Mais recentemente, graças a seres humanos corajosos como Chelsea Manning, os EUA foram expostos como tendo criado a maior rede de prisões de tortura e navios prisões da História do mundo, centrada em lugares como Guantanamo Bay em Cuba, Abu Ghraib e Baghram no Iraque, e Diego Garcia no Oceano Índico Central. A Amnistia Internacional descreveu Abu Ghraib como sendo “um centro de tortura e execuções”, tal como todos eles. (8) Não foi divulgada qualquer informação sobre o número total de pessoas torturadas e mortas nestas prisões – todas elas ainda abertas, e os navios prisões ainda estão no activo, a flutuar.
No processo de subjugação das nações à supremacia americana, os EUA especializaram-se durante mais de um século naquilo que os militares designam como “pacificação civil”, que é o massacre maciço e indiscriminado de um número praticamente ilimitado de civis, como o método preferido para incutir medo e obediência permanentes num povo. Um dos piores foi o golpe da CIA na Indonésia para substituir Suharno por Sukarto na década de 1960, onde literalmente milhões de civis foram mortos aberta e publicamente, sem parar durante semanas a fio até que os rios da nação ficarem todos vermelhos de sangue. A estimativa conservadora é de que mais de três milhões foram mortos somente naquela orgia americana, a maior matança de seres humanos da História Universal. E, tal como aconteceu nas Filipinas e noutras nações, os americanos destruíram e reescreveram então os Compêndios de História, de modo que os indonésios hoje em dia desconhecem o seu passado. Existem exemplos um pouco menores em dezenas de outras nações, mais recentemente no Iraque e na Líbia.
Isto é tão verdade que os Estados Unidos são a única nação no mundo com uma “universidade” estabelecida especificamente com o objectivo de ensinar as técnicas de tortura e de pacificação civil a todos os ditadores criminosos do mundo – a infame Escola das Américas, anteriormente no Panamá, hoje em dia em Ft. Benning, Geórgia. (9) Mais de 60.000 alunos “graduaram-se” nesta “universidade”.
A Guerra Biológica é outra característica fixa dos Estados Unidos da América. Igor Nikulin, antigo membro da Comissão das Nações Unidas sobre Armas Biológicas e Químicas, afirma que os militares norte-americanos têm 400 laboratórios de armas biológicas espalhados por todo o mundo, a maior parte deles instalados à volta da Rússia e da China, convenientemente fora da alçada do Congresso e também fora do controlo da desafortunada nação local. Podemos assumir com segurança, que estes laboratórios não estão à procura de uma cura para uma constipação comum.Foram descobertas agora tantas provas que já não está em discussão se os EUA estiveram por detrás da vasta guerra biológica desencadeada na China durante a guerra da Coreia e é amplamente aceite em grande parte do mundo, que a epidemia de SARS foi desencadeada pelos EUA como seno um ataque à China, (10) tal como os outros sete ataques biológicos, incluindo a gripe suína, variações da gripe das aves, etc., durante os últimos anos. (11) (12) Também parece quase certo que o Mercado Xinfadi de Pequim foi semeado de novo com a COVID-20 em Junho de 2020 pelas mesmas pessoas. (13) Ao mesmo tempo, poderá querer ler sobre o intenso interesse dos EUA no desenvolvimento da guerra biológica. (14) (15) (16) Esta última referência descreve o desenvolvimento dos alimentos americanos geneticamente modificados, como sendo a arma biológica quase ideal.
A experimentação humana envolvendo atrocidades indescritíveis é também uma característica marcante da América. Esta categoria é tão grande que é quase impossível saber por onde começar. Poderíamos começar com MK-ULTRA, que é quase certamente o catálogo mais horroroso de morte, privação, tortura, abuso sexual, abuso mental e psicológico inimaginável e cruel, muitas vezes realizado em crianças de tenra idade. (17)
Agora é mais ou menos sabido que Shiro Ishii executou experiências humanas horríveis na sua infame Unidade 731, em Harbin, na China, que incluíam análises de orgãos em seres humanos efectuadas ao vivo, sem utilizar anestesia. Mas parece ser um pouco menos conhecido, que um dos termos da rendição japonesa após a Segunda Guerra Mundial foi que Ishii entregasse aos EUA toda a documentação sobre as suas experiências em troca de imunidade completa contra a acusação de ter praticado crimes de guerra. E parece não se saber, de modo algum, que o interesse do governo dos EUA nas experiências humanas era tão agudo que Ishii e toda a sua tropa de Doutores Frankensteins foram importados para os EUA, onde lhes foram dadas novas identidades e instalados em bases militares dos EUA, bem como no recém-formado CDC – que sempre fez parte do exército dos EUA, com a sua natureza e propósito reais bem escondidos. Também não se sabe que Ishii foi tão bem considerado pelos americanos que lhe foi atribuído um cargo como Professor e supervisor da investigação biológica na Universidade de Maryland, cargo que ocupou até à sua morte, décadas mais tarde. Há outro assunto muito curioso pendente que envolve a transferência de cerca de 500.000 prisioneiros de guerra alemães para os EUA durante e após a Segunda Guerra Mundial, com o seu desaparecimento aparente e nenhum registo de terem alguma vez saído para regressar ao seu país, como foi divulgado. (18)
Mas, para além do mais, o governo e os militares americanos comandaram, literalmente. milhares de experiências humanas clandestinas em milhões de cidadãos americanos sem o seu conhecimento, com resultados muito mortíferos. Essas mesmas experiências incluíam radiação nuclear e quase todos os tipos de agentes patogénicos conhecidos pelo homem, espalhados deliberadamente. Há tanto material sobre este assunto que é quase impossível de descrever, mas documentei muito deste assunto num artigo que poderão querer examinar para conhecer os pormenores. (19) Há também a questão do Secretário da Defesa dos EUA, Robert McNamara, a recrutar cerca de 500.000 jovens atrasados mentais (a maioria com um QI de cerca de 65) e dando-lhes um bilhete de ida para o Vietname. (20)
Uma das principais flechas da aljava diplomática americana é o embargo alimentar (e outras) contra as nações mais pobres que resistem à democracia, liberdade e direitos humanos ao estilo americano, isto é, à violação, pilhagem e roubo durante perturbação da ordem pública ou da guerra. Um exemplo típico foi a Grande Fome da China de 1959-1961, iniciada pelos amigos europeus da América mas, sendo os EUA o Exército Privado dos Banqueiros e, por conseguinte, o executor militar e diplomático, isto conta como uma empresa americana. (21) Resumidamente, a intenção era destruir a China e derrubar o governo através da concretização de um embargo alimentar mundial, durante o qual o mundo inteiro assistiu lentamente à morte à fome de 20 milhões de chineses. E esta não foi, de modo algum, a primeira ou última vez que os americanos lançaram tais medidas. Fizeram o mesmo para punir a China durante a Guerra da Coreia (para além de vastas tentativas de guerra biológica), e repetiram-no periodicamente até aos anos 70. E, claro, os EUA fizeram o mesmo a outras nações, e em outros assuntos não ligados à alimentação. Um exemplo actual são as chamadas “sanções” dos EUA contra o Irão, congelando todos os bens e rendimentos estrangeiros, negando assim especificamente ao Irão a moeda para comprar vacinas COVID-19, com os resultados que se podem imaginar.
Para além dos repetidos embargos de alimentos e medicamentos, os EUA especializaram-se naquilo a que poderíamos chamar “embargos económicos”, estrangulando todos os rendimentos estrangeiros a uma nação pobre. A táctica de isolar financeiramente um país pequeno e pobre para provocar a miséria, a pobreza e a fome, é uma táctica padrão dos EUA. Um caso típico foi a Nicarágua onde, como o Presidente Ronald Reagan tão insolitamente disse, “Fazer a economia dar o berro”. O objectivo era, evidentemente, destruir a Nicarágua e derrubar mais um governo resistente à pilhagem americana. Os EUA fizeram o mesmo a Cuba durante 70 anos sem parar, em retribuição pela expulsão dos EUA e do seu bando de bandidos, levada a cabo por Fidel Castro, forçando orgulhosamente aquela pequena nação a permanecer subdesenvolvida e na pobreza durante gerações.
Este terrorismo económico foi muito mais profundo do que se pode imaginar. Os Estados Unidos são famosos em muitas partes do mundo – sendo o Haiti um exemplo perfeito – onde os americanos invadiriam repetidamente, depois abririam à força – e esvaziariam, os cofres do banco central da pequena nação. Uma táctica relacionada era forçar a maioria das nações da América Central e do Sul a ter os EUA a “gerir” todo o seu dinheiro e reservas monetárias, sendo o dinheiro investido no desenvolvimento imobiliário de Nova Iorque, dando origem a biliões de dólares para os banqueiros enquanto as pequenas nações cativas recebiam 1% do seu dinheiro.
Quase nenhum americano e poucos povos em qualquer lugar, estão conscientes de que os americanos sempre foram os maiores ladrões de Propriedade Intelectual do mundo, propensos para esforços que espantam a imaginação. Hoje em dia, ninguém parece saber que após a Segunda Guerra Mundial, os EUA pilharam toda a nação da Alemanha de todas as suas patentes, produtos e processos comerciais, roubando cerca de 800.000 patentes no total, e expropriaram todas as empresas alemãs no mundo fora da Alemanha. Poucas pessoas sabem, também, que os EUA têm manobrado, durante muitas décadas, a maior rede de espionagem comercial do mundo – por ordem de magnitude – entregando toda a PI roubada a empresas americanas. (22) (23)
Tenho ficheiros de documentação para continuar este assunto durante 1.000 páginas, mas talvez a questão tenha sido levantada. Não é à toa que os EUA tenham sido catalogados, durante tanto tempo, como sendo a nação mais odiada do mundo.
Por um momento, voltemo-nos para outros sectores dos EUA, nomeadamente para instituições e empresas. Não é amplamente conhecido fora da China, mas as universidades americanas são tão condenáveis como o seu governo e como os militares por consumarem várias desgraças e atrocidades. Eis as referências a dois artigos que provam detalhadamente, o roubo maciço de ADN chinês realizado pela Universidade de Harvard e uma experiência humana atrozmente criminosa realizada em crianças chinesas pela Universidade Tufts. Ambos estes factos foram envolvidos num nevoeiro de ilegalidade, encobrimento, mentiras, doenças e mortes. (24) (25) Dado que a OMS é largamente controlada pelos EUA e pelos interesses do Estado Profundo e que Bill Gates é o maior contribuinte da OMS, podemos considerar para o nosso propósito, esta organização como sendo uma empresa associada aos EUA. Quase ninguém no mundo ocidental sabe que há alguns anos atrás, a OMS esterilizou fraudulentamente e sub-repticiamente, cerca de 150 milhões de mulheres em países subdesenvolvidos, sem o seu conhecimento ou consentimento. Se o leitor não sabe, precisa de ler este artigo. (26)
Poucos ocidentais estão conscientes de que as empresas farmacêuticas americanas realizam agora os seus novos ensaios de medicamentos, sem supervisão e secretos, em países não desenvolvidos, onde as leis não estão preparadas e os habitantes locais ainda têm fé na Medicina do Homem Branco, deixando geralmente atrás de si um rasto de morte e miséria, que certamente envolve no total, centenas de milhares de vidas. A referência acima (26) contém um desses exemplos. Há muitos. Talvez queira ler sobre o Dalkon Shield, um dispositivo intra-uterino com falhas fatais que foi retirado dos países ocidentais, mas vendido a milhões de pessoas no mundo não desenvolvido, causando inúmeras (e incontáveis) histerectomias e mortes. Para obter um pouco de informação relacionada sobre corporações americanas no estrangeiro, poderá querer ler estes dois artigos. Um deles tem como título, The Psychopathic Criminal Enterprise Called America = (27), o outro, The Pathology of American Competition. (28)
Do tudo que foi mencionado acima, parece que todos os sectores da sociedade americana estão a ler a partir do mesmo guião. Vamos rever o que temos até agora.
Quando se cria um embargo alimentar contra uma nação que sofre falta de alimentos e se vê dezenas de milhões de pessoas a morrer à fome, se não é pura crueldade, então o que será? Quando se nega a um povo, o dinheiro para comprar medicamentos contra uma doença mortífera, se não é pura desumanidade, então o que será? Quando se instituem sanções económicas poderosas contra uma nação pequena e indefesa, escravizando-a a uma pobreza perpétua, como retribuição pela resistência ao seu saque e pilhagem, se não é maldade, então o que será? Quando se derruba o governo legítimo de uma nação e se instala um ditador psicopata brutal em seu lugar (ocorreu cerca de 50 vezes), para obter a subjugação e violação de uma nação e dos seus recursos, de que modo é que essa acção não é criminosamente irreflectida? Quando se lança uma guerra contra uma nação menor e indefesa e se mata milhões de pessoas apenas para subjugar essa nação e controlar os seus recursos, se não é monstruosidade, então o que será? A pergunta colocada quanto à maldade inerente e à demência criminosa da América, parecerá apropriada, a partir das provas existentes até à data.
Vamos analisar alguns exemplos para ver como este facto se relaciona com o povo dos EUA, com os próprios americanos. Referimos como nosso primeiro exemplo, os militares americanos que visaram todas as infraestruturas de água potável no Iraque, destruindo a maioria dos abastecimentos de água potável do país. Em seguida, a Secretária de Estado americana, Madeleine Albright, elaborou (e aplicou) um embargo mundial total ao Iraque para impedir a sua substituição, deixando a nação com pouca água potável de boa qualidade, o que resultou na morte de mais de 500.000 bebés (além dos idosos e doentes) devido a essa causa. Numa famosa entrevista televisiva no ‘60 Minutes’, perguntaram a Albright se a morte de todas essas crianças “para dar uma lição a Saddam Hussein” valeu “a pena”. A resposta de Albright, “Sim, valeu a pena”. Não consigo imaginar nenhuma contestação à afirmação de que Madeleine Albright é a maldade personificada, tão cruel como o próprio Satanás e essa mulher é, visivelmente, uma demente criminosa. Mas como reagiu o povo americano, não só ao facto do genocídio realizado por Albright, mas também à sua apreciação inesperada e quase irreverente do seu próprio trabalho de casa? Resposta curta: não reagiram. Não encontrei vestígios de qualquer objecção registada pelo povo americano a esta desumanidade. Nenhum americano se preocupou. Eles estavam apenas a matar pessoas que usavam turbantes (infiéis) em nome de Jesus. E, além do mais, era muito longe.
Não é segredo que os militares americanos dispararam literalmente contra o Iraque milhões de munições de artilharia que continham muitos quilos de urânio empobrecido que se vaporiza em nanopartículas e trespassa tudo no ambiente, incluindo os seres humanos. Um dos resultados é que, desde então, o Iraque tem sofrido várias centenas de milhares de nascimentos horrivelmente deformados, incluindo bebés nascidos sem cabeça ou com três cabeças, bebés nascidos com grande parte dos seus órgãos internos ou cérebros inteiramente fora das suas cavidades corporais ou do crânio, bebés com qualquer número de membros surgindo de toda e qualquer parte do seu corpo, e muitos que são categorizados pelos médicos iraquianos e das Nações Unidas como “pedaços de carne não identificáveis”. Como reagiram os americanos, na qualidade de povo, a esta revelação? Não reagiram. Nem um murmúrio que eu tenha conseguido encontrar em qualquer lugar. As revistas Time e Life publicaram um artigo intitulado “As vítimas minúsculas da Tempestade do Deserto”, (29) mas que era um trabalho pateticamente distorcido, lamentando os militares americanos que foram expostos no Iraque e cujos bebés, em alguns casos, sofreram “deformidades horrendas”. Mas nenhuma menção a esses inúmeros milhares de bebés nascidos no Iraque, que eram o alvo.
Um hospital no Iraque catalogava conscienciosamente todos os nascimentos deformados, preservando os fetos, mantendo registos e fotografias precisas, um catálogo de provas que o governo dos EUA não queria expor. A sua solução foi lançar um ataque aéreo ao hospital, bombardeando todo o hospital até reduzí-lo a escombros, não só matando todas as vítimas como destruindo todos os registos e provas juntamente com o pessoal médico que catalogava tudo. Este acontecimento não era um segredo. Como reagiram os americanos, na qualidade de povo, a este crime indescritível? Não reagiram. Não houve queixas em parte nenhuma.
Ainda em relação ao Iraque, o governo dos EUA ficou aborrecido com as notícias estrangeiras que provinham do país durante a invasão, notícias que forneciam provas contrárias ao cone de silêncio oficial desejado. Como é que os militares americanos lidaram com este caso? Colocaram um tanque no centro de Bagdad, posicionaram-no junto ao hotel onde estavam alojados todos os jornalistas estrangeiros e explodiram todo o andar do hotel. Também não foi considerado um segredo. O povo americano (e os meios de comunicação social americanos) permaneceram completamente em silêncio perante este assassinato deliberado de muitos jornalistas, para não falar na “supressão” da liberdade de expressão.
Durante muitas décadas, os militares americanos não empregaram franco-atiradores (snipers). As aventuras militares eram efectuadas através do emprego de força bruta, e os ‘snipers’ eram universalmente retratados, nos livros e nos filmes, como a forma mais baixa de cobardia que evitava “uma luta justa”, escondendo-se em árvores e arbustos enquanto matavam pessoas que nem sequer sabiam que eles estavam lá. Esse cenário mudou. Agora que os EUA os possuem, os atiradores furtivos são classificados como o nível mais alto de um herói; testemunha Chris Kyle, atirador extraordinário que matou mais de 100 pessoas, evitando uma luta justa ao esconder-se em árvores e arbustos e matando pessoas que nem sequer sabiam que ele estava lá. Ele não só era bom no seu trabalho, como o adorava. Kyle disse: “Eu adorava matar. Só gostava de ter podido fazer mais”. Li um relato onde ele afirmava que a morte favorita efectuada por ele, foi um tiro à distância de 1.000 jardas = 914 metros em que ele estourou os miolos da cabeça de uma criança enquanto ela estava a ser embalada nos braços da sua mãe. E como é que os americanos, como povo, reagiram a estas notícias? Bem, celebraram através de filmes em homenagem a Kyle, e construíram estátuas de bronze para comemorar o homem tornando-o numa lenda.
O filme foi realizado por Clint Eastwood – “Dirty Harry” em mais do que o nome, com o IMDB a dizer que a “precisão exacta” de Kyle salvou “inúmeras vidas no campo de batalha e transformou-o numa lenda”. A Amazon incluiu o filme em “Best Sellers – TV Shows Kids & Family – Legend of the American Sniper”. O livro sobre Kyle foi considerado o livro de memórias mais vendido pelo New York Times e o filme foi nomeado para seis Óscares da academia, incluindo o de melhor filme. Além disso, San Antonio, Texas, ergueu uma estátua de 9 pés para que Kyle “seja recordado e respeitado para sempre”, “Um tributo adequado a um herói americano”. (30) (31) (32) (33) Um artigo no Mondoweiss afirmava que as glorificações da tortura em Hollywood influenciaram (e encorajaram) de tal forma os soldados americanos, que os oficiais militares apelaram aos produtores para que as reduzissem. (34) (35) (36) (37)
Quando Chelsea Manning divulgou toda a documentação gráfica das prisões de tortura americanas no Iraque, em vez de ficarem doentes do estômago e forçarem uma revolução popular, os americanos abraçaram de bom grado a tortura e incorporaram-na na sua nova definição de democracia, tendo Hollywood chegado ao ponto de celebrá-la com uma série televisiva nova e popular onde o herói (americano) torturava pessoas em nome do Bem.
Quanto à interferência quase inimaginável nos governos de outras nações, os meios de comunicação social americanos não manifestaram qualquer objecção e, à parte algumas almas corajosas que escrevem livros que a Amazon suprime ou se recusa a vender, não há nada do povo americano. Parecem felizes por estarem a ser doutrinados a odiar os chineses, os russos e os iranianos, e não se opõem à tentativa actual do seu governo de destruir a Venezuela, à supressão de Cuba durante décadas, nem à horrível miséria e número de mortos que o seu governo infligiu às nações da América do Sul e Central, Ásia e África. Também parecem congratular-se com a perspectiva da destruição total do Irão noutra guerra totalmente injustificada a acontecer em breve, e parecem congratular-se sinceramente com a perspectiva da Terceira Guerra Mundial destinada a destruir a China.
A última vez que me recordo dos americanos, como povo, manifestarem qualquer humanidade ou mesmo mera simpatia, pelas vítimas dos disfarces e crimes do seu país no estrangeiro, foi durante a guerra do Vietname, quando os protestos foram verdadeiramente nacionais e maciços, sobretudo concretizados pelos jovens e pelos estudantes, pelo menos até Nixon lhes ter ordenado que eles fossem alvejados pelas costas. Desde então, parecem aprovar cada vez mais os horrores criminosos da sua nação no estrangeiro, aprovação essa que se transformou agora em elogios activos.
Quanto à destituição de um governo, pelos militares ou pela CIA, de mais de 50 governos em todo o mundo, os americanos ou permanecem silenciosos ou afirmam ter instalado democracias. O mesmo acontece com os assassinatos de dirigentes mundiais pelos americanos. Nem um pio dos americanos em parte nenhuma. E não acontece só com o povo americano; o próprio Congresso é uma testemunha cega. Durante uma audiência do Congresso sobre os assassinatos da CIA, a declaração final da Comissão do Congresso foi que os assassinatos de mais de 150 líderes mundiais concretizados sem interrupção através de 12 presidentes “não reflectem os verdadeiros valores americanos e, portanto, são uma aberração”. Nada mais para ver aqui. Além do mais, a respeito dos assassinatos, eles são hoje tão populares, que os EUA são o único país do mundo onde as pessoas se divertem nas ruas com a notícia de que o seu Presidente matou alguém noutro país de que ele não gostava.
Aconteceu o mesmo com as revelações do imenso regime de tortura estabelecido por Bush, Rumsfeld e Cheney. O único comentário significativo de um americano de que me recordo foi um comentador online informando que “Não fizemos o suficiente para dizer que violámos as convenções de Genebra”. Pelo contrário, quase não houve um murmúrio em lado nenhum. Sobre este assunto, o Congresso foi pior do que o povo americano. O Presidente Obama ameaçou, no início, tornar público todo o registo fotográfico e em vídeo, sobre as atrocidades. Tendo sido convencido do contrário, foram preparados para cada membro do Congresso, pacotes de informação sobre todo o caso e guardados em local seguro para recolha individual. Pouco tempo depois, a CIA começou a ter dúvidas e obteve uma ordem para a recuperação desses pacotes de tortura. Mas eles não precisavam de se ter preocupado; os pacotes ainda estavam no seu local seguro original. Os membros do Congresso nem sequer se preocuparam em ir buscá-los.
O povo americano parece orgulhoso pelo facto do seu país ter destituído mais de 50 governos legítimos e tê-los substituído por ditaduras brutais. O povo americano, na qualidade de povo, não levanta objecções ao facto amplamente conhecido e indiscutível do seu governo, dos militares e da CIA terem interferido em, praticamente, todas as eleições em todos os países estrangeiros durante os últimos 75 anos. No total, dos cerca de 200 principais países do mundo de hoje, apenas três não foram directamente invadidos ou sujeitos a brutais pressões militares, diplomáticas e/ou financeiras, não foram esmagados pela propaganda americana através dos seus meios de comunicação social, não sofreram uma enorme interferência nas suas eleições nacionais, e/ou não foram sujeitos a interferências maciças por parte do governo dos EUA. O cálculo inclui a pobreza, a miséria, o analfabetismo e os cerca de 30 milhões de mortes resultantes, que finalmente contam. Embora o povo americano possa não ter conhecimento das particularidades e pormenores de cada caso, quase nenhum americano desconhece as circunstâncias de todos estes casos. E qual é a resposta do povo americano, como povo, a esta ladainha de 200 anos de intimidação e abuso incessantes de todas as nações, incluindo as nações cujos povos são designados como “aliados”? Apenas o silêncio. Não há sinais de que os americanos se preocupem diariamente com os danos que a sua nação inflige ao mundo.
Fidel Castro está no Livro dos Recordes Mundiais do Guinness como a pessoa que sobreviveu ao maior número de tentativas de assassinato. Em 2006, a BBC produziu um documentário intitulado “638 Ways to Kill Castro”. Os meios de comunicação social americanos rejeitaram-no como uma descrição “das várias maneiras como as pessoas e os governos tentaram assassinar Fidel Castro ao longo dos anos”. Mas não foram várias “pessoas e governos”; foi inteiramente o governo dos EUA que esteve por trás dessas conspirações. Os meios de comunicação social ignoraram ainda mais este facto, classificando muitas das tentativas contra a vida de Fidel Castro como “humorísticas”, e os americanos médios parecem partilhar esse sentimento. Durante sessenta anos, nenhum americano ignorou nada disto, e durante sessenta anos nenhum americano se opôs a nada disto.
Cuba é, evidentemente, apenas uma de muitas nações que o governo dos EUA destruiu ou manteve em pobreza abjecta. Há pelo menos 100 destas nações, ainda nas mesmas condições. A Nicarágua e o Haiti, e na realidade a maior parte da América Latina, estão todos nesta posição. Hoje a Venezuela está a ser empurrada para a pobreza abjecta e para a fome, devido à recusa em permitir o saque maciço do país pelos americanos, tal como o Irão, a Síria, e muitos outros. Durante os últimos quatro anos, Trump tem feito o seu melhor para arruinar a economia da China, bem como as grandes empresas chinesas. Nenhum americano desconhece este caso. Será que os americanos, como povo, se opõem a este assédio devastador? Que eu saiba, não. De facto, eles parecem estar orgulhosos do mesmo.
Além do mais, há os próprios americanos – as suas armas (38), o seu racismo, a sua escravatura (39), o seu cristianismo evangélico sacrílego e sexualizado (40). Os seus super-heróis através dos quais podem viver indirectamente e assim, orgulhar-se de ser americanos, ganhando sempre ficticiamente a luta do Bem contra o Mal num mundo de fantasia a preto e branco, onde os ideais são adorados e os factos brutais são ignorados. Sobre o aspecto religioso, e uma vez que os americanos são tão profundamente religiosos como povo, Chris Kyle (o franco-atirador discutido acima) tinha tatuado no seu braço uma grande cruz porque “Eu queria que todos soubessem que eu era cristão”.
Pode ser verdade como referi antes, que os americanos em geral não estão plenamente conscientes dos pormenores de todas as atrocidades acima mencionadas, efectuadas pela sua nação “democrática e amante da liberdade”, em parte porque os meios de comunicação social americanos apenas fornecem ‘bytes = unidades de informação digital’ sonoros e nunca os detalhes necessários. No entanto, existe uma diferença importante entre não saber e não querer saber. E, na minha longa experiência, a ignorância americana sobre o aspecto criminoso da sua nação existe, porque eles não querem saber.
Descanso o meu caso.(tradução literal da frase ‘I rest my case’, pronunciada pelos advogados anglo-saxónicos num tribunal de justiça, quando terminaram a explicação do seu caso e que penso corresponder à expressão portuguesa ‘Tenho dito’.)
Serão os americanos, como povo, inerentemente maus? Sim, eu diria que sim, na sua maioria. Serão os americanos, como povo e, aferindo a partir do seu governo em direcção às bases, criminalmente loucos? Não vejo como poderíamos evitar responder afirmativamente.
Por último, dois artigos para os americanos (e outros) ponderarem: O Exceptionalismo Americano, e Replant the American Dream. (41) (42)
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Os artigos do Snr. Romanoff foram traduzidos em 30 idiomas e postados em mais de 150 sites de notícias e política de idiomas estrangeiros, em mais de 30 países, bem como em mais de 100 plataformas em inglês. Larry Romanoff, consultor administrativo e empresário aposentado, ocupou cargos executivos de responsabilidade em empresas de consultoria internacionais e foi proprietário de uma empresa internacional de importação e exportação. Exerceu o cargo de Professor Visitante na Universidade Fudan de Shanghai, ministrando casos de estudo sobre assuntos internacionais para turmas avançadas de EMBA. O Snr. Romanoff reside em Shanghai e, actualmente, está a escrever uma série de dez livros, de um modo geral, relacionados com a China e com o Ocidente. É um dos autores que contribuíram para a nova antologia de Cynthia McKinney, ‘When China Sneezes’.
O seu arquivo completo pode ser visto em https://www.moonofshanghai.com/
e http://www.bluemoonofshanghai.com/
Pode ser contactado através do email: 2186604556@qq.com
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Este artigo foi escrito em exclusivo para o Jornal PRAVDAe dividido em três partes:Parte 1 Parte 2 Parte 3
Notas
(1) https://www.counterpunch.org/2019/04/19/jimmy-carter-us-most-warlike-nation-in-history-of-the-world/
(2) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/us-interventions-in-canada-brief-history.html
(3) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/tiananmen-square-failure-of-american.html
(4) https://www.unz.com/lromanoff/the-american-infiltration-of-chinas-xinjiang/
(5) https://www.moonofshanghai.com/2020/06/humanity-at-crossroads-june-17-2020.html
(6) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/spreading-democracy-american-way.html
(7) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/the-cias-greatest-hits-us-government.html
(9) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/the-school-of-americas.html
(10) http://www.bluemoonofshanghai.com/politics/860/ (SARS)
(11) https://www.unz.com/lromanoff/were-covid-19-and-covid-20-created-in-a-us-lab/
(12) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/part-2-paradigm-shift-covid-19-needs.html
(13)https://www.moonofshanghai.com/2020/06/covid-19-china-reseeded-with-covid-20.html
(14) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/biological-weapons-useful-and-timely.html
(15) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/the-geopolitical-deployment-of.html
(16)https://www.moonofshanghai.com/2020/04/genetically-modified-seeds-conceived-as.html
(17) https://www.moonofshanghai.com/2020/07/cia-project-mk-ultra-july-2-2020.html
(18) https://www.moonofshanghai.com/2020/06/larry-romanoff-prisoner-of-war-camps-in.html
(19) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/the-us-government-declares-war-on.html
(20) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/robert-mcnamaras-infamous-project.html
(21) https://english.pravda.ru/society/145495-famine_china_guilty/
(22) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/the-greatest-intellectual-property.html
(23) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/state-sponsored-commercial-espionage.html
(24) https://www.moonofshanghai.com/2020/09/harvard-universitys-fraudulent-chinese.html
(25) https://www.moonofshanghai.com/2020/09/tufts-universitys-fraudulent-china.html
(26) https://www.moonofshanghai.com/2020/05/a-cautionary-tale-about-who.html
(27) https://www.moonofshanghai.com/2020/11/the-psychopathic-called-america.html
(28) https://www.moonofshanghai.com/2020/09/blog-post_41.html (the pathology of American competition)
(29) https://www.pbs.org/wgbh/pages/frontline/shows/syndrome/veterans/
(30) https://www.imdb.com/title/tt2179136/
(31) https://www.amazon.com/chris-kyle-movie-Movies-TV/s?k=chris+kyle+movie&rh=n%3A2625373011
(32) https://www.amazon.com/American-Sniper-Movie-Tie-Autobiography/dp/0062376578
(33) https://time.com/3712785/american-sniper-chris-kyle-movie-death/
(35) https://www.theguardian.com/commentisfree/2012/dec/10/zero-dark-thirty-torture-awards
(36) https://www.theguardian.com/commentisfree/2012/dec/14/zero-dark-thirty-cia-propaganda
(38) https://www.moonofshanghai.com/2020/08/my-god-and-my-glock-theology-of-guns.html
(39) http://www.bluemoonofshanghai.com/politics/1103/
(40) https://www.moonofshanghai.com/2020/07/honk-if-you-love-jesus-july-19-2020.htm
(41) https://www.moonofshanghai.com/2020/08/pt.html
(42) https://www.moonofshanghai.com/2020/04/replant-american-dream-your-usa-today.html
Este artigo apareceu pela primeira vez no PRAVDA
Larry Romanoff é um dos autores que contribuíram par a nova antologia da Dra. Cynthia McKinney ‘When China Sneezes’ Ler o Capítulo II — LIDAR COM DEMÓNIOS .
Copyright © Larry Romanoff, Moon of Shanghai, Blue Moon of Shanghai, 2021
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
Contacto: luisavasconcellos2012@gmail.com
luisavasconcellos@protonmail.com
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