Quantum Bird – 11 dezembro 2022
Nas últimas horas, diversos comentaristas e analistas geopolíticos abordaram a entrevista escandalosa de Angela Merkel para o jornal Zeit, na qual ela admite que manipulou a boa vontade da Rússia e das populações do Donbass, nos Acordos de Minsk para ganhar tempo e permitir à OTAN armar o regime nazista em poder na Ucrânia.
Aqui está uma parte do que ela declarou:
E o acordo de Minsk de 2014 foi uma tentativa de dar tempo à Ucrânia. Ela também aproveitou esse tempo para ficar mais forte, como você pode ver hoje. A Ucrânia de 2014/15 não é a Ucrânia de hoje. Como você viu na batalha por Debaltseve (cidade ferroviária em Donbass, Donetsk Oblast, ed.) no início de 2015, Putin poderia facilmente tê-los superado à época. E duvido muito que os países da OTAN pudessem ter feito tanto quanto fazem agora para ajudar a Ucrânia.
[Sie hat diese Zeit hat auch genutzt, um stärker zu werden, wie man heute sieht. Die Ukraine von 2014/15 ist nicht die Ukraine von heute. Wie man am Kampf um Debalzewe (Eisenbahnerstadt im Donbass, Oblast Donezk, d. Red.) Anfang 2015 gesehen hat, hätte Putin sie damals leicht überrennen können. Und ich bezweifle sehr, dass die Nato-Staaten damals so viel hätten tun können wie heute, um der Ukraine zu helfen.]
A entrevista é extensa e eu aconselho a nossos leitores que leiam o material completo nos links abaixo.
https://archive.ph/4vZYl
https://www.zeit.de/2022/51/angela-merkel-russland-fluechtlingskrise-bundeskanzler/seite-3
Para aqueles que estiveram dormindo no freezer pelos últimos 8 anos, a implementação dos Acordos de Minsk teria prevenido a guerra e evitado a destruição e desmembramento da Ucrânia, bem como a consequente perda massiva de vidas humanas. Agora ninguém menos que Angela Merkel, cuja assinatura está nos Acordos, admite que a Alemanha, e provavelmente a França, jamais tiveram qualquer intenção de implementá-lo.
Tirem suas conclusões. Pausa…
Bem, alguns dos comentaristas e analistas focaram na não-confiabilidade e incapacidade das elites ocidentais de honrarem acordos. Outros preferiram culpar passivamente a liderança russa por sua suposta ingenuidade. Outros ainda se concentraram em sinalizar a ruína moral e ética das elites atlanticistas. Pessoalmente, acredito que todos têm um ponto ou dois.
O que parece ter passado despercebido é que, com esta admissão, Angela Merkel acaba de confessar seu papel em uma conspiração internacional, incluindo o abuso deliberado dos mecanismos diplomáticos do Conselho de Segurança da ONU para fomentação de guerra, ou melhor, limpeza étnica contra a população russófila do Donbass, que era a intenção original do Regime Nazista em Kiev quando organizou a invasão massiva da região prevenida pela Operação Militar Especial Russa, em fevereiro deste ano.
Não sou jurista especializado no direito internacional, mas creio que não é necessário sê-lo para concluir que Angela Merkel acaba de preencher sua requisição e comprar seu bilhete para sentar-se no banco dos réus no Tribunal Penal Internacional – e nos futuros tribunais penais a serem organizados especificamente para o conflito na Ucrânia – como criminosa de guerra e articuladora de crimes contra a humanidade.
Como diz o ditado, velhos hábitos custam a morrer…
Putin no fue un tontos, ya tenía que sospechar algo. El mero hecho que los gringos nunca fueron partícipe de los acuerdos de Minek dice mucho quién realmente estaba dando instrucciones a los idiotas útiles de Alemania y Francia.