Bom-dia. Os EUA parecem crer que impor sanções ilegais e draconianas ao Irã causará tal sofrimento a nossa nação, que seremos forçados a nos submeter ao que querem os EUA, não importa o quanto as sanções contra nós sejam absurdas, ilegais ou fundamentalmente viciosas. Já passamos 40 anos como alvos da hostilidade dos EUA, vivendo exclusivamente dos nossos próprios recursos.
Mais uma vez, nós e nossos parceiros em todo o mundo cuidaremos de garantir que nossos povos sejam o menos afetados que seja possível, por esse assalto indiscriminado da guerra econômica que mira diretamente o povo iraniano. Pouco importam as frases hipócritas do governo Trump, que tentam dizer o contrário.
Mas, em vez de os EUA insistirem nessa sua desacreditada dependência viciosa em unilateralismo e sanções, como ferramentas para a gestão do Estado, que cada dia mais empurram os EUA para o isolamento no planeta, os EUA melhor fariam se cuidassem das catástrofes e crises que arquitetaram e construíram em nossa região.
Aqui, para começar, em 1953, ou no Afeganistão, onde os EUA criaram a al-Qaeda para lutar contra os soviéticos. Ou no Iraque, onde os EUA apoiaram Saddam Hussein, inclusive quando usou armas químicas contra o Irã. Ou quando, adiante, os EUA invadiram o Iraque para, supostamente, livrar o Iraque daquelas mesmas armas de destruição em massa.
Ou, quando o apoio incondicional que os EUA garantem a dois clientes fiéis – Arábia Saudita e Israel – torna os EUA cegos às monstruosas atrocidades que geraram indignação global e geraram insegurança para nós todos, inclusive para o próprio povo norte-americano.
Se se considera a longa lista de escolhas erradas e essa abordagem obcecada fracassada em que os EUA insistem há décadas, sempre tentando receitar comportamentos ao Irã, muito mais efetivo seria que os EUA tratassem de resolver os conflitos e crises que, já por tempo demais, infernizam o Oriente Médio.
Os antecessores do presidente Trump também começaram por fabricar cada um a sua política para o Irã, com similar gritaria e arrogância, e todos acabaram por ter de aceitar e respeitar a realidade do Irã, conforme foram ganhando experiência de governo.
Meu nome é Javad Zarif. E essa é a mensagem do Irã. [Fim do vídeo]
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