Quantum Bird – 15 de abril de 2023
A entrevista foi conduzida em inglês, com o Presidente Lula respondendo em português. Disponibilizamos para os nossos leitores a tradução das perguntas do repórter. Trata-se de uma tradução não profissional, então por favor, não exitem apontar incorreções nos comentários.
[Vinheta de abertura]
Esta é a terceira vez que ele se torna presidente de seu país. Liderando uma grande delegação para a China, ele espera estabelecer uma relação duradoura com Beijin devido à democratização das relações internacionais e solidariedade entre as nações do Sul Global. Neste edição do Leaders Talk eu sento com Luis Inácio Lula da Silva, o presidente do Brasil.
[Comentário inicial do repórter]
Bem-vindos ao Leaders Talk, estamos em Xangai e nosso destino é o Luis Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil. Na primeira vez que Lula foi presidente do Brasil, ele deixou
o cargo como o presidente mais popular da história do Brasil. Treze anos depois, quando Lula retornou, ele herdou um Brasil muito diferente, e um mundo mais dividido em muitos aspectos. Poderia Lula mudar o Brasil novamente? Liderando uma enorme delegação em sua visita à China, poderia Lula posicionar a China em sua política exterior em um momento de crescente rivalidade entre Pequim e Whastington? Este é o tema de minha conversa com Lula.
[Pergunta 1 – 1:44]
Presidente Lula, bem-vindo de volta a China, esta é a sua terceira visita à China. O senhor trouxe uma enorme delegação, muito maior que aquela para a visita em março. O que o senhor
espera conseguir com esta visita, com as reuniões e com seu encontro com o presidente Xi Jinping?
[Pergunta 2 – 3:34]
Presidente Lula, em seus dois primeiros mandatos o senhor posicionou a China não apenas como um parceiro econômico, aliás um grande parceiro para o Brasil, mas também como um parceiro geopolítico, elevando o status e elevando a voz do Sul Global. Eu me pergunto como o senhor posiciona a China na política exterior do seu terceiro mandato. O quão importante é a China?
[Pergunta 3 – 4:27]
Falando do banco dos Brics, e como o senhor sabe, Dilma Roussef, previamente sua Chefe da Casa Civil e depois presidente do Brasil, está de fato começando seu mandato. O que o senhor pensa sobre esta decisão e o que o senhor pensa que os BRICS vão fazer? Porque por todos estes anos, os BRICS passaram sob muito escrutínio, debates e até mesmo controvérsias no cenário global.
[Pergunta 4 – 6:36]
Presidente Lula, eu noto sua paixão quando fala em elevar os padrões do Sul Global.
Em muitas ocasiões o senhor falou apaixonadamente sobre a necessidade e a urgência de elevar a voz do Sul Global. De onde vem esta paixão e porque essa urgência? Incluindo a democratização das relações internacionais, que o senhor frequentemente faz referência?
[Pergunta 5 – 9:56]
Sobre a Ucrânia, China fez uma proposta de 12 pontos para a paz, adicionalmente as expectativas estão elevadas que o senhor poderia propor alguma coisa à China, para trabalhar com o Brasil para resolver a situação na Ucrânia, uma situação de fato muito difícil lá. Quais planos especificamente o senhor gostaria de propor para Pequim?
[Pergunta 6 – 14:19]
Como o senhor vê o crescimento da China?
[Pergunta 7 – 20:12]
Ainda falando da percepção sobre a China, alguns países descrevem a presença econômica da
China na America Latina, incluindo no seu país, o Brasil, como neocolonialismo. Qual a sua opinião sobre tais acusações?
[Pergunta 8 – 22:59]
Presidente Lula o senhor fala muitas vezes sobre afinidade. Eu amo esta palavra, afinidade. Afinidade entre chineses e brasileiros. E eu posso dizer, que o senhor ficaria muito surpreso, pela paixão sincera e o entusiasmo durante a Copa, pura paixão.
[Pergunta 9 – 23:34]
Presidente Lula, sabe, o senhor tem muitos seguidores na China e muitos estão interessados em suas histórias pessoais. O senhor deixou a escola na sétima série para sustentar a sua família. Foi um vendedor de rua com oitos anos. Se tornou um operário metalúrgico na com vinte anos. O que todas essas experiencias colaboraram para torná-lo o homem que o senhor é hoje?
[Pergunta 10 – 26:00]
Falando sobre saúde. Eu sempre quis fazer essa pergunta. Aos quinze anos o senhor perdeu um dedo, trabalhando com metais, operando uma prensa, infelizmente. Então o senhor passou por muitos hospitais, mas não pode ser tratado porque o senho não tinha um plano de saúde. O que essa experiencia motivou o senhor a fazer pelo seu país, pelo seu povo e pela saúde quando o senhor se tornou presidente?
* * *
Presidente Lula, muito obrigado pelo seu tempo e por falar conosco na CGTN. Muito obrigado.
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