Quantum Bird – 8 de junho de 2023
Esta breve nota é de certa forma – ou talvez, principalmente – sobre os benefícios de se ter uma memória boa e longa. Vamos lá.
- Em 9 de novembro, o general Sergey Surovikin, principal comandante da Rússia na Ucrânia, propôs ao ministro da Defesa, Sergey Shoigu, que a Rússia retirasse suas tropas da margem direita do rio Dnipro, na região ucraniana de Kherson; Shoigu concordou imediatamente.
- A possibilidade de ataque das forças nazistas às represas no Dnipro na região colocava em risco de isolamento e desconexão as forças russas estacionadas na margem direita do rio. A decisão fazia, portanto, todo sentido.
- Ainda assim, numerosos generais de poltrona, blogueiros “taxistas”, “jornalistas” e os proverbiais canais Telegram “permanentemente em contato com os soldados na frente de batalha” promoveram uma enxurrada de comentários negativos e detratórios sobre Surovikin. Alguns inclusive prospectando a derrota da Rússia na SMO.
- Como se diz: o tempo costuma ser cruel com quem não sabe esperar.
- O regime nazista vinha atacando e aumentando o nível da barragem deliberadamente há muito tempo. Existem numerosos tweets de autoridades de Kiev ameaçando destruir a barragem… E agora parece que finalmente conseguiram danificá-la.
- A barragem não foi destruída. As brechas que foram abertas em sua parte central levaram ao vazamento massivo e instantâneo do volume excessivo de água, que por sua vez, inundou rapidamente áreas à jusante, em Kherson, em ambas as margens do rio.
- Resumindo: Isso tudo confirma o cálculo e as decisões de Surovikin. Mas não espere nenhum dos tocadores de flauta (mágica) vir à tona com desculpas ou qualquer autocrítica. Eles já estão ocupados fazendo hype sobre a barragem…
As ondas de frenesi anti-Rússia e anti-SMO são recorrentes. Até mesmo alguns autores aparentemente pró-russos parecem surfar nelas. É tudo sobre ganhar uns Pix ($). A última, por exemplo, girou em torno das declarações de Prighozin, chefe de Wagner PMC. Essas ondas de frenesi pseudo-jornalístico são instrumentais para encobrir, principalmente para o público ocidental, os fatos táticos, operacionais e estratégicos que estão acontecendo no campo de batalha, em particular, e no âmbito geopolítico e econômico em escala global, no geral.
Anotem isso na porta da geladeira:
- A Rússia está empurrando uma frente de batalha de mais de 1000 km. Em todos os pontos ao longo desse perímetro batalhas estão sendo travadas e as ocidentais estão sendo literalmente moídas. Esqueça Liman, Bucha, Artyomovsk… é muito maior do que isso.
- O exercito ucraniano foi destruído duas vezes pela Rússia. As forças pró-nazistas são agora forças da OTAN. Armadas, treinadas e com um número crescente de soldados da OTAN, que, diga-se de passagem, é quem sempre forneceu a telemetria para o lado nazista. Desde o início.
- O objetivo estratégico da Rússia na SMO é desmilitarizar, desnazificar e neutralizar a ex-Ucrânia. Isso implica em desmontar a OTAN no leste da Europa. Todos os países que aderiram à OTAN desde 1997 estão na fila para enfrentar potencialmente o mesmo destino da antiga Ucrânia. Os Húngaros, com Orban, já perceberam isso…
- O Ocidente Coletivo está entrando em recessão, além de estar desindustrializado, tecnologicamente estagnado, sem energia e culturalmente demolido pelo wokeismo – duvida? Então, converse com qualquer jovem ocidental e tente falar por 15 minutos sobre qualquer tema que não seja video games ou qualquer tema não identitário… Resumindo, o Ocidente Coletivo não está nem de longe em condições de enfrentar a Rússia sozinha em uma guerra total. Esqueça sobre Rússia + China + Iran.
Assim, concluo este post com um singelo conselho: avaliem sempre o quadro geral e desconfiem do hype de guerra.
Nunca se viu tanta gente estúpida no Ocidente. Totalmente estupidificado, colonizado pelos anglosionistas deu no que deu. Sem futuro pois ele foi para o ralo.