Andrei Martyanov – 29 de dezembro de 2022
Bem, podemos perdoar uma mediocridade intelectual com antecedentes de organizadores comunitários por ignorância, mas a maneira como a economia da Rússia, que deveria estar “em frangalhos”, funciona é melhor ilustrada com isso.
Um novo submarino avançado de propulsão nuclear da classe Borei estava entre os três navios de guerra que entraram em serviço na Marinha Russa na quinta-feira [29/12/22]. Outro barco da mesma classe, projetado para transportar mísseis balísticos intercontinentais Bulava, foi lançado pela primeira vez no mesmo dia. Os militares russos realizaram três cerimônias simultâneas, durante as quais as bandeiras navais foram hasteadas nas novas embarcações, marcando o início formal de seu serviço ativo. O submarino da classe Borei ‘Generalissimus Suvorov’ era o maior e mais poderoso dos três. Barcos dessa classe formam a espinha dorsal do componente naval da dissuasão nuclear moderna da Rússia. Ele é o sexto navio de sua espécie e foi recebido em serviço na cidade de Severodvinsk, no norte da Rússia, mas está programado para se juntar à Frota do Pacífico.
Como venho registrando – explicar para leigos o que significa construir uma máquina tão monstruosa como o SSBN [Submarinos nucleares com capacidade de lançamento de mísseis balísticos – nota da tradutora] da classe Borei pode levar alguns anos e exigirá uma elaboração séria em assuntos que vão desde a propulsão nuclear até à trigonometria esférica e sistemas de gerenciamento de batalha, em outras palavras – para explicar que esta é a verdadeira alta tecnologia, não uma besteira do Twitter e do Facebook.
Por mais triste que pareça, mas é assim que as tecnologias mais avançadas são produzidas no negócio de guerra e fazem das máquinas de matar um pináculo do avanço científico e tecnológico humano. Assim, a Rússia tem agora 7 (sete) SSBNs de última geração à tona e ela só acelera na expansão de sua frota submarina.
Em outras notícias da “economia esfarrapada”, a Rússia lembrou hoje ao regime de Kiev que ela pode continuar a ficar sem mísseis de cruzeiro pelo tempo que for necessário. Foi um lembrete de que não se deve (a mensagem é para os EUA, na verdade) tentar lançar porcaria – outro foi abatido hoje sobre Saratov – contra objetos estratégicos da Rússia, como a base estratégica de aviação de Engels – porque, no final, Rammstein está absolutamente indefesa. A RAND pode sonhar o que quiser sobre “desescalar” atacando Moscou, mas, tenho certeza, há pelo menos algumas pessoas ainda competentes lá, que devem entender que se a Rússia decidir ir all-in/com tudo – mesmo em um ataque convencional – a maioria das marinhas e QGs da OTAN na Europa e nos Estados Unidos não sobreviverão por muito tempo.
Mas há um ditado russo: se você constantemente precisa proibir o idioma, remover monumentos, destruir a História – talvez você esteja construindo sua nação na terra de alguém? Essa é uma excelente referência a 404 removendo o monumento do fundador da cidade russa de Odessa, a imperatriz Catarina, a Grande. Então, antes parecia assim:
Agora, você pode ver esta “composição” assim:
Praticamente autoexplicativo e reflete bem não no 404, que já se foi como um país de qualquer maneira, mas nos marionetistas de DC que carecem de classe, cultura e história.
Em notícias relacionadas, ouvi hoje que Stephen Walt, do famoso The Israel Lobby, deu uma entrevista ao jornal Foreign Policy.
Eu saquei a essência disso. Meu Deus, com “realistas” assim quem precisa de neoconservadores. Como venho registrando – toda a fábrica de diplomas de Ciência Política e Relações Internacionais nos EUA é uma fraude acadêmica absoluta. Walt deveria ter continuado com seu diploma de bioquímica e evitado entrar na geopolítica com o mínimo, se houver, de compreensão do equilíbrio de poder global e do mecanismo que a forma. Mas, ei, o que eu sei. Acho que preciso escrever um novo livro sobre isso, piscadela, piscadela 😉
Fonte: https://smoothiex12.blogspot.com/2022/12/the-country-with-tattered-economy-c.html
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