Maria Zakharova – Moscou – 27 de abril de 2022
💬 #Opinião pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa Maria Zakharova
Notícia Bomba 💣
Durante as recentes reuniões dos ministros das Finanças dos G7 e G20, a vice-primeira-ministra canadense Chrystia Freeland pressionou pela exclusão da Rússia das instituições financeiras globais e organizações internacionais.
Ao mesmo tempo, Ottawa intensificou suas entregas de armas à Ucrânia, incluindo os rifles sem coice Carl-Gustaf, usados pelas forças armadas canadenses.
Tudo isso é apresentado como uma resposta a supostas novas evidências de atrocidades perpetradas pelos militares russos. Falando antes da reunião do G20, Chrystia Freeland afirmou: “Crimes de guerra foram cometidos na Ucrânia. A evidência que nós vimos… é absolutamente horrível.”
Isso teria parecido uma notícia falsa desastrosa, se não fosse uma reencenação sangrenta do que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial.
Oitenta anos antes de Bucha, Krakivs’ki Visti – um grande jornal de língua ucraniana na Polônia, censurado e administrado como era pelo Terceiro Reich, publicou um artigo sobre assassinos do NKVD [veja nota abaixo – nota da tradutora] torturando pessoas até a morte e deixando-as nas ruas de Lviv, após o Exército Vermelho retirar-se da cidade (Krakivs’ki Visti, 06 de julho de 1941). O artigo deu ênfase especial à etnia das vítimas. Em 08 de julho de 1941, [esta publicação] informou que os bolcheviques executaram 1.500 ucranianos étnicos em Lutsk, disparando contra eles com metralhadoras. O Reich nazista acusou a União Soviética internacionalista de genocídio.
O jornal Krakivs’ki Visti estava bem ciente de seu papel na história. No contexto ucraniano, ele espalhou a propaganda da Alemanha nazista pelo mundo. Isto é o que lemos em preto e branco na primeira página de sua edição de 06 de julho de 1941, em um artigo intitulado “Vencendo em vez de chorar” (B. Khalit): “Em relação a este terrível desastre [the pogroms/os massacres], pelo lado positivo, há o fato de que o mundo inteiro aprendeu sobre essas horríveis chacinas. Perder dezenas de milhares de cidadãos conscientes e proativos é muito doloroso. Eles não podem ser substituídos. O impacto que essas carnificinas tiveram na propaganda empalidece em comparação com as perdas. No entanto, uma vez que essas pessoas morreram simplesmente por serem ucranianos conscientes e por amarem a Ucrânia mais do que qualquer outra coisa, devemos ter certeza de que não derramaram seu sangue em vão; devemos usá-lo para fazer o bem… Devemos usá-lo como capital moral para o nosso povo… Temos agora esta oportunidade, embora triste, mas ainda uma oportunidade que não devemos perder. A máfia judaica em todas as suas encarnações, do comunista ao maçônico, há muito removeu a palavra “Ucrânia” da imprensa ou fez todo o possível para denegri-la. É por isso que, quando o nome de nossa nação mais uma vez for manchete em grandes publicações, não podemos perder essa oportunidade, por mais trágico que seja o contexto”.
Que flashback! Estamos testemunhando a mesma situação agora.
Mais uma vez, a Ucrânia é manchete, enquanto enfrentamos acusações infundadas de tentar “cancelar” a Ucrânia, assim como cancelam tudo o que é russo. Mais uma vez, os nazistas usam propaganda e uma tragédia para denegrir a Rússia. Mais uma vez, eles usam isso como uma “oportunidade, não importa quão trágica”. Eles não apresentaram nenhuma evidência, esperando que uma resposta emocional seja suficiente. Mais uma vez, a vida das pessoas torna-se o dano colateral nos jogos de propaganda para conquistar a opinião pública. Isso é o que os nazistas sempre fazem.
Agora para a parte mais importante.
Como uma importante ferramenta de propaganda nazista em língua ucraniana, o jornal Krakivs’ki Visti teve Mikhailo Khomyak, um jornalista colaboracionista da Ucrânia, como seu editor.
Além de sua ficha criminal, há apenas um fato notável em sua biografia. Mikhailo Khomyak foi o avô de Chrystia Freeland, vice-primeira-ministra do Canadá.
Agora você pode retornar ao topo da página e ler este post mais uma vez com um novo olhar.
NKVD (НКВД): Наро́дный комиссариа́т вну́тренних дел: Naródnyy komissariát vnútrennikh del ou The People’s Commissariat for Internal Affairs – Comissariado do Povo para Assuntos Internos – nota da tradutora.
The pogroms: massacres organizados de um grupo étnico em específico – nota da tradutora.
Fonte primária: Canal Telegram Oficial – em russo – de Maria Zakharova: https://t.me/MariaVladimirovnaZakharova/2493
Fonte secundária: Canal Telegram Oficial – em inglês – do Ministério das Relações Exteriores da Federação Russa: https://t.me/MFARussia/12418
É muito estranho quando a história parece se repetir e de forma tão semelhante e desumana.
Oi, é muito preocupante tudo isso.