Comunidad Saker Latinoamérica Posts

A Arte da Guerra
A ESTRATÉGIA DA DEMONIZAÇÃO DA RÚSSIA
Manlio Dinucci
 
O contrato do governo assinado em Maio de 2018, pelo Movimento 5 Stelle e pela Lega, reitera que a Itália considera os Estados Unidos como o seu “aliado privilegiado”. Laço fortalecido pelo Primeiro Ministro Conte que, no encontro com o Presidente Trump em Julho, estabeleceu com os USA “uma cooperação estratégica, quase uma geminação, em virtude da qual a Itália torna-se a interlocutora privilegiada dos Estados Unidos para os principais desafios a enfrentar”. No entanto, simultaneamente, o novo governo comprometeu-se no contrato a “uma abertura à Rússia, para ser percebida não como uma ameaça, mas como um parceiro económico” e até mesmo como um “parceiro potencial para a NATO”. É como conciliar o diabo com a água benta.
 
 
De facto, é ignorada, tanto pelo governo como pela oposição, a estratégia USA de demonização da Rússia, destinada a criar a imagem do inimigo  ameaçador contra o qual nos devemos preparar para lutar. Esta estratégia foi apresentada numa audiência no Senado (21 de Agosto), por Wess Mitchell, Vice Secretário do Departamento de Estado para os Assuntos Europeus e Eurasiáticos: “Para enfrentar a ameaça proveniente da Rússia, a diplomacia USA deve ser apoiada por um poder militar que seja o melhor de todos  e totalmente integrado com os nossos aliados e com todos os nossos instrumentos de poder “.  parágrafo 4
 
Ao aumentar o orçamento militar, os Estados Unidos começaram a “recapitalizar o arsenal nuclear”, incluindo as novas bombas nucleares B61-12 que, em 2020, serão instaladas contra a Rússia, na Itália e noutros países europeus. Os Estados Unidos – especifica o Vice Secretário – gastaram em 2015, 11 mil milhões de dólares (que aumentarão para mais 16, em 2019) para a “Iniciativa Europeia de Dissuasão”, ou seja, reforçar a sua presença militar na Europa contra a Rússia.
 
Dentro da NATO, eles conseguiram aumentar em mais de 40 biliões de dólares, a despesa militar dos aliados europeus e estabelecer dois novos comandos, dos quais o Comando Atlântico contra a “ameaça dos submarinos russos”, localizado nos USA.
 
Na Europa, os Estados Unidos apoiam, em particular, “os Estados na linha de frente”, como a Polónia e os Países Bálticos, e eliminaram as restrições para fornecer armas à Geórgia e à Ucrânia (ou seja, aos Estados que, com agressão à Ossétia do Sul e o putsch da Praça Maidan, desencadearam a escalada USA/NATO contra a Rússia). Parágrafo 8.
 
O expoente do Departamento de Estado acusa a Rússia não só de agressão militar, mas de concretizar nos Estados Unidos e nos Estados europeus “campanhas psicológicas de massa contra a população para desestabilizar a sociedade e o governo”. Para realizar essas operações, que fazem parte do “esforço contínuo do sistema putiniano para o domínio internacional”, o Kremlin usa “o arsenal de políticas subversivas usado no passado pelos bolcheviques e pelo estado soviético, actualizado para a era digital”. Parágrafo 12. Wess Mitchell acusa a Rússia daquilo em que os USA são mestres: eles têm 17 agências federais de espionagem e subversão, entre as quais, o Departamento de Estado. O mesmo Departamento que acaba de criar uma nova figura: “o Conselheiro Senior para as Atividades Malignas da Rússia”, encarregado de desenvolver estratégias inter-regionais. [em baixo, no # 14 –  the Senior Advisor for Russian Malign Activities and Trends (or, SARMAT)]
 
Nesta base todas as 49 missões diplomáticas dos USA na Europa e na Eurásia devem concretizar, nos seus respectivos países, planos de acção específicos contra a influência russa. Parágrafo 13.
 
Não sabemos qual é o plano de acção da Embaixada dos EUA na Itália. No entanto, sabê-lo-á o Primeiro Ministro Conte, na qualidade de “interlocutor privilegiado dos Estados Unidos”. Comunique-o ao Parlamento e ao país, antes que as “actividades” da Rússia desestabilizem a Itália.
 
 
il manifesto, 25 de Setembro de 2018
 
Para termo de comparação, a seguir está o documento original, publicado no site estatal  
(documento original neste momento em tradução para a língua portuguesa)
 
 
 
 
NO WAR NO NATO

Geopolítica

Mundo árabe y musulmán Rusia Siria

por Thierry Meyssan En el terreno, la guerra está llegando a su fin y sólo queda la región de Idlib por liberar del control de los terroristas. Sin embargo, los occidentales vuelven a la carga. Ahora acaban de presentar sus exigencias al enviado especial de la ONU, Staffan…

Anglosionismo / Fascismos / 1% Geopolítica Mundo árabe y musulmán Política Rusia Siria

Foto: Julio Cortéz AP Fuente: https://mundo.sputniknews.com/firmas/201809201082115911-como-eeuu-desmantelo-brasil/ Por: Vicky Peláez Los estrategas norteamericanos y sus 1.777 ‘think tanks’ están concentrados permanentemente en buscar métodos para mantener su hegemonía mundial y en especial preservar para su uso exclusivo las inmensas riquezas naturales de…

América Latina y el Caribe Brasil Estados Unidos Geopolítica

Anuncio Geopolítica Israel Líbano Medio Oriente Mundo árabe y musulmán

China Economía Estados Unidos Rusia

América Latina y el Caribe Brasil Geopolítica

por The Saker. En The Vineyard of The Saker. Traducción de Comunidad Saker Latinoamérica Ayer (19 de septiembre), traté de publicar un breve comentario sugiriendo que antes de llegar a conclusiones sobre algo, debemos esperar a que se presente el…

Israel Medio Oriente Mundo árabe y musulmán Rusia Siria

Geopolítica

América Latina y el Caribe Anglosionismo / Fascismos / 1% Venezuela