Nos últimos mais de 70 anos, desde a fundação da República Popular da China, especialmente nos últimos mais de 40 anos desde a reforma e abertura do país, o povo chinês alcançou notáveis realizações ao longo do caminho rumo ao socialismo com características chinesas.
A China alcançou um salto de desenvolvimento com sua abrangente força nacional que cresce continuamente, e o povo chinês tornou-se o verdadeiro senhor do próprio país, com melhoramento ininterrupto de seus padrões de subsistência – disse Wang.
Wang disse que a China sempre foi nação construtora da paz mundial, constantemente injetando energia positiva na evolução da situação internacional, país defensor da ordem internacional, constantemente atenta a aumentar a estabilidade do sistema de governança global, e promotor da globalização, dando contribuições importantes para construir um mundo aberto.
O caminho de desenvolvimento escolhido pelo povo chinês – disse Wang –, atende às suas próprias aspirações e à tendência de desenvolvimento pacífico, benéfico não apenas para a China, mas também para o mundo. “A China não se afastará um passo dessa trilha e se manterá inabalável”.
Diante de ambiente internacional em constante mudança, a China decidiu aproveitar ao máximo as vantagens de seu mercado supergrande e o potencial da própria demanda interna, de modo a construir um novo padrão de desenvolvimento marcado pelo ciclo doméstico como corpo principal, com reforço mútuo entre os dois ciclos doméstico e internacional, disse Wang.
A China expandirá ainda mais a demanda doméstica e se abrir-se-á ainda mais para o mundo exterior, partilhará ainda mais, com o mundo, os dividendos do próprio desenvolvimento, de modo a impulsionar a recuperação mundial, mediante o desenvolvimento da China – o ministro chinês prosseguiu.
A China persistirá na trilha do desenvolvimento pacífico.
Aderindo ao novo modelo de relações estado-estado com diálogo e parceria – sem confronto e sem aliança –, a China construirá parcerias globais mais amplas.
Sobre o desenvolvimento aberto, Wang disse que a China construirá economia aberta de nível superior, com padrões diversificados de cooperação aberta em todos os níveis.
Além disso, sobre o desenvolvimento cooperativo, Wang disse que a China buscará maior segurança, melhor desenvolvimento e enfrentará com instrumentos de cooperação, os desafios comuns.
Sobre o desenvolvimento modelado em termos de ganha-ganha, Wang observou que a China sempre aderiu ao conceito de governança global baseado no princípio de ampla consulta, contribuição conjunta e benefícios compartilhados.
A China, acrescentou o ministro, trabalhará com outros países para que o bolo da cooperação cresça sempre mais, e para transformar em realidade a visão do desenvolvimento comum.
Sobre o desenvolvimento inclusivo, Wang disse que a China não busca exportar seu sistema ou modelo de desenvolvimento, e não tem interesse no confronto ideológico com nenhum país.
O ministro chinês disse que, com ações concretas, a China continuará salvaguardando a diversidade de civilizações no mundo e promovendo intercâmbios e mútua aprendizagem entre diferentes modelos de desenvolvimento.
Com o mundo enfrentando mudanças nunca vistas num só século, ao mesmo tempo em que tem de combater contra uma pandemia violenta, a humanidade vê-se mais uma vez obrigada a uma escolha crucial: entre progresso e regressão, entre solidariedade e divisão, e entre abertura e isolamento.
China e União Europeia, disse ele, devem assumir atitude responsável em relação ao futuro da humanidade, levar em consideração os interesses fundamentais dos povos de ambos os campos, resistir conjuntamente às marés adversas de ódio e instigação de confronto e permanecer firmes do lado certo da história, de forma a dar mais estabilidade a um mundo complexo e fluido.
Em primeiro lugar, China e União Europeia devem salvaguardar com determinação o desenvolvimento pacífico e opor-se à divisão do mundo – disse o ministro de Relações Exteriores da China.
Wang enfatizou que a China opõe-se firmemente a qualquer tentativa de iniciar nova “Guerra Fria” e nunca permitirá que alguma força prive o povo chinês e o povo do mundo, do direito de buscar o desenvolvimento e melhores condições de vida.
Nas palavras de Wang, a China espera fazer chegar à Europa sua mensagem forte e clara: mensagem de solidariedade e contra a divisão, a favor do progresso e contra a regressão, a favor da paz e do desenvolvimento, e contra o conflito e o confronto.
Em segundo lugar, China e União Europeia, acrescentou ele, devem defender fortemente o multilateralismo e opor-se conjuntamente às provocações.
Wang prometeu que a China manterá firmemente o multilateralismo e defenderá e implementará a governança global com base em ampla consulta, contribuição conjunta e benefícios compartilhados, não importa o quanto e em que direção mude a situação internacional.
A China vê na União Europeia uma força importante no processo de multipolarização e está pronta para trabalhar com a União Europeia para salvaguardar a eficácia e autoridade do sistema multilateral e uma ordem internacional justa e justa – disse Wang.
Em terceiro lugar, China e União Europeia devem continuar a promover uma cooperação mutuamente benéfica e opor-se conjuntamente ao isolamento e à dissociação, disse o ministro das Relações Exteriores chinês.
A China e o mundo estão interligados já há muito tempo, e tentar desvincular-se da China significa desvincular-se das oportunidades de desenvolvimento e do mercado mais dinâmico – disse Wang.
Como duas grandes economias do mundo, China e União Europeia devem ater-se ao livre comércio e, em conjunto, proteger a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento globais, de modo a desempenhar bem seu papel fundamental na promoção do desenvolvimento e da prosperidade globais na era pós-pandemia.
Em quarto lugar, China e União Europeia devem responder em conjunto aos desafios globais e opor-se à estratégia “empobreça o seu vizinho”, acrescentou Wang.
Cabe à China e à União Europeia dar o exemplo na promoção da governança global, trabalhar em conjunto para melhorar o papel de coordenação das Nações Unidas nos assuntos internacionais, opor-se à prática de colocar o próprio país em primeiro lugar à custa dos outros e darem-se as mãos para construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.
Wang observou que em 2020 completam-se 45 anos desde o estabelecimento de relações diplomáticas China-UE. Nos últimos 45 anos, uma das mensagens importantes do desenvolvimento das relações China-UE é que não há conflito de interesses fundamentais entre os dois lados, a cooperação é muito maior do que a competição e o consenso é muito maior do que as diferenças.
Durante os últimos 45 anos, o crescimento das relações China-UE mostrou que é perfeitamente possível para as duas partes aumentar a confiança mútua mediante diálogo, alcançar resultados ganha-ganha pela cooperação mutuamente benéfica, lidar adequadamente com as diferenças por meio de comunicação construtiva e enfrentar conjuntamente os desafios globais com coordenação aprimorada.
Wang disse que a China sempre atribui importância ao status e ao papel da União Europeia e apoia a Europa no desempenho de papel mais importante nos assuntos internacionais.
O ministro chinês observou que China e UE devem fortalecer ainda mais a solidariedade e a cooperação, pressionar o “botão de reinicialização” para o diálogo e a cooperação em vários campos, dar o máximo aos “motores gêmeos”, imprimir forte impulso na solidariedade e cooperação internacionais e esforçar-se para construir sua parceria a partir das seguintes quatro áreas.
Primeiro, China e União Europeia, disse ele, precisam construir uma parceria contra a COVID-19.
China e União Europeia devem fortalecer a cooperação em pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas, medicamentos e reagentes de teste e, em conjunto, apoiar o papel ativo da Organização Mundial da Saúde, da Aliança Global para Vacinas e Imunizações e outras agências internacionais.
A China, acrescentou Wang, está pronta para acelerar a construção de uma “via rápida” para a intercâmbio de pessoal, e de uma “via verde” para a troca de mercadorias, para impulsionar a recuperação econômica da União Europeia.
Em segundo lugar, China e União Europeia devem fortalecer sua parceria de investimento, disse Wang.
China e União Europeia, disse Wang, devem seguir o princípio da flexibilidade e do pragmatismo e encontrarem-se a meio caminho, para chegar, ainda nesse ano, a um acordo de investimento abrangente, equilibrado e de alto nível.
Wang acrescentou que é necessário que as duas partes realizem estudo conjunto de viabilidade sobre acordo de comércio livre, o mais rapidamente possível, e concluam, em breve, o Plano Estratégico de Cooperação China-UE 2025.
Em terceiro lugar, China e União Europeia devem construir uma parceria verde e digital, disse Wang, acrescentando que os dois lados são claramente complementares nos campos “verde” e “digital” e desfrutam de amplas perspectivas de cooperação.
Os dois lados devem aprofundar a cooperação em tecnologia ambiental, economia circular, energia limpa, finanças sustentáveis e outras áreas, e fortalecer a cooperação em tecnologia da informação e comunicação, inteligência artificial, comércio eletrônico, big data, computação em nuvem e outros campos, de modo a expandir novas áreas de crescimento para a cooperação bilateral.
Em quarto lugar – disse Wang –, China e União Europeia devem aprofundar a parceria cooperativa multilateral. Devem também intensificar o diálogo e a cooperação em matéria de mudança climática, biodiversidade e desenvolvimento sustentável – disse Wang.
Acrescentou que as duas partes também devem trabalhar juntas para defender o acordo nuclear iraniano, promover uma solução política de questões de “pontos quentes” [ing. hotspots] internacionais e regionais, fortalecer a cooperação trilateral com a África e dar maiores contribuições para a construção de um mundo mais sustentável e seguro.
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